Lourdes Sprenger*
Temos acompanhado, ao longo dos últimos anos, a formação de uma rede de solidariedade que vem se consolidando, a partir da necessidade de dar suporte às pessoas que perderam animais de estimação – o que se passa mais freqüentemente com mascotes.
O leque de possibilidades abertas nesse campo pelos ambientes virtuais vem tecendo uma grande rede formada por sites de ONGs, blogs especializados, blogs de pets, painéis de clínicas, táxi-dogs, e também pelas redes sociais.
Todos empenhados na tarefa de auxiliar no resgate de milhares de animais que repentinamente ficaram privados do convívio e do cuidado de seus responsáveis. Embora não exista uma estatística de animais perdidos, desaparecidos ou furtados (estimamos que o número não seja pequeno) para além dos sofrimentos e maus tratos é preciso que saibamos lidar com o desgaste emocional e seus reflexos sobre os responsáveis e suas famílias pelo sentimento da perda temporária ou definitiva.
Para amenizar a situação resultante do impacto psicológico da perda de um animal junto a uma criança, a um adolescente ou a um grupo familiar é que contamos com o apoio e o atendimento de uma variedade de grupos de protetores.
Eles cumprem, entre outras tarefas, esta demanda social que vem se somar ao trabalho de ONGs e redes como meio de disseminação de informações em busca da localização de animais.
A amplitude deste trabalho abriga, em primeiríssimo lugar, a prevenção diante da necessidade de se evitar riscos e prejuízos que se verificam intensamente com as perdas de animais especialmente nas grandes cidades.
Com essa preocupação é que fixamos o objetivo de se criar campanhas educativas sobre a importância da identificação de animais pelo uso de plaquinha com dados do animal na coleira ou a “chipagem”.
Ou seja, um procedimento simples, realizado em clínicas, onde o microchip é do tamanho de um grão de arroz, aplicado embaixo da pele do animal através de uma injeção, fabricado em material biocompatível, que guarda informações tais como telefone, endereço do responsável e demais dados de identificação do animal.
É com recursos inteligentes como este, que facilitam a tarefa de localização do animal, que vamos mantê-los em convívio mais seguro.
Esta é ainda uma forma de preservá-los em relação a todos os fatores negativos decorrentes da perda e um estímulo à guarda responsável que se traduz pela conduta ética das famílias com os animais.
*Vereadora