Uma questão animal que se repete a cada verão é o abandono, gerando tristeza e sofrimento aos animais que nem sempre sobrevivem a estas atitudes que são tipificadas como crime. A Lei Federal 14064/20 alterou a legislação referente a crimes ambientais, Lei 9.605/98, e aumentou a pena para crimes contra animais, variando de dois a cinco anos de reclusão e multa.
De outra parte, o mercado pet cresceu e ampliou as alternativas para animais que, a cada dia, passam a fazer parte da família, com serviços de estética, cuidadores, clínicas e hotéis, contribuindo para o bem-estar animal, como vimos
divulgados nas redes sociais. Mas é importante que a sociedade saiba que as adoções diminuem nesta época do ano e que temos uma superpopulação de animais nas ruas devido à procriação sem programas amplos de castração desde gestões anteriores, mais o aumento de abandono durante a pandemia e a falta de educação para a guarda responsável. Os animais abandonados, quando sobrevivem, provocam acidentes de trânsito, sofrem crueldade, agressões e adoecem, sem ter quem zele por eles.
Nos últimos dois anos, foram implementados pela Prefeitura de Porto Alegre três programas voltados ao bem-estar animal: Unidade Médica Veterinária, com serviços de consultas, exames e castrações; Castra Móvel, com mutirão de castrações na periferia; e os convênios com clinicas veterinárias, visando reduzir a procriação. A responsabilidade de cuidar do mascote é do tutor, mas devido a tantos abandonos, os órgãos municipais não conseguem dar conta de todo este aumento de demanda e os protetores também tem dificuldades, por estarem com outros casos, o que gera uma questão de saúde pública que necessita do apoio de todos para mudar este quadro.
Que, no novo ano, tenhamos um convívio mais fraterno e harmonioso, visando ao bem-estar e ao respeito entre as pessoas e os animais.